"Porto calmo de abrigo De um futuro maior Porventura perdido No presente temor Não faz muito sentido Não esperar o melhor Vem da névoa saindo A promessa anterior Quando avistei ao longe o mar Ali fiquei Parada a olhar Sim, eu canto a vontade Conto o teu despertar E abraçando a saudade Canto o tempo a passar Quando avistei ao longe o mar Ali fiquei Parada a olhar Quando avistei ao longe o Mar Sem querer, deixei-me ali ficar." Pedro Ayres Magalhães
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"Porto calmo de abrigo
De um futuro maior
Porventura perdido
No presente temor
Não faz muito sentido
Não esperar o melhor
Vem da névoa saindo
A promessa anterior
Quando avistei ao longe o mar
Ali fiquei
Parada a olhar
Sim, eu canto a vontade
Conto o teu despertar
E abraçando a saudade
Canto o tempo a passar
Quando avistei ao longe o mar
Ali fiquei
Parada a olhar
Quando avistei ao longe o Mar
Sem querer, deixei-me ali ficar."
Pedro Ayres Magalhães
Apenas
uma boca. A tua Boca
Apenas outra , a outra tua boca
É Primavera e ri a tua boca
De ser Agosto já na outra boca
Entre uma e outra voga a minha boca
E pouco a pouco a polpa de uma boca
Inda há pouco na popa em minha boca
É já na proa a polpa de outra boca.
Sabe a laranja a casca de uma boca
Sabe a morango a noz da outra boca
Mas sabe entretanto a minha boca
Que apenas vai sentindo em sua boca
Mais rouca do que a boca a minha boca
Mais louca do que a boca a tua boca.
David Mourão-Ferreira
Nesse caminho solto e comprido
debaixo do mar que a rocha esconde
vou indo, vou indo, e persigo
a lembrança tua que não responde
Gosto especialmente desse caminho que não leva a lado nenhum ou que talvez busque o infinito. permite que, por ele, se vá a qualquer lado.
Cores maravilhosas que, agora com o Verão a queimar, dão ainda mais gosto de ver.
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