segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Natal de doismiletanto

estou a estiolar de ternura.
é vinte e cinco. é dezembro.
a saudade (como neve) é brancura.
é sempre o mesmo o Natal que lembro.

o avô trazia nos bolsos os confeitos.
o castanho desaparecia na fogueira.
os netos, um a um, satisfeitos,
sentados no banquinho, à lareira.

lá fora o mundo treme em frio.
a mãe avisa os mais pequeninos:
- nunca se esqueçam dos outros meninos...
mas todos só ouvem é o assobio

e correm ao colete, em côro
sacando os rebuçados do presente.
lá fora continua hoje o frio, mas o choro
é de querer um dia igual num mundo diferente.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A partida do amarelo

hoje, que era jogo de luz
(procura de noite sem tristezas)
desciam da varanda do teu gosto
os sinais difusos das alegorias
e o cantar dos pássaros (fantasias...)
percorria o vento em gestos de som
anunciava votos vindoiros de desejo;

o amarelo partira
- elétrico e sol -
e eu deixei a vista adormecer
nos teus canteiros de rosmaninho
onde as vontades se penduraram
só de memória, indiferentes
ao ruído das cigarras que
queimam o verão em desperdício
na busca de um tom, de um incómodo:
como os poetas.

29.10.2010

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Gira-Discos



No dia de hoje, só podia mesmo ser esta a temática.

É bom saber que, à parte a crise, o FMI e a dívida soberana, teremos sempre um Soberano à espera de ser chamado, contribuindo para uma verdadeira mudança. Haja é coragem.

Viva o Rei! Viva Portugal!