Palavra.
No início havia o silêncio.
Um silêncio feito de instintos e de ruídos sem sentido, que colocavam o Homem ao mesmo nível da realidade que o rodeava. A comunicação surgia de uma forma instintiva e imediata. Apenas se vivia o momento; não havia passado e o futuro era algo que ainda teria de ser criado.
Depois surgiu a palavra.
( Para alguns, uma dádiva de Deus que permitiu ao Homem fazer uso da mentira.)
Com a Palavra surgiram os conceitos; uma forma quase virtual de retratar a realidade sem que haja necessidade de a tocar. E o Homem alcançou um patamar diferente de tudo aquilo que o rodeava. Foi por fim, capaz de sonhar enquadrando a insegurança e o medo em mitos elaborados em longas noites, que se iam consumindo ao sabor do crepitar lento, mas constante, das fogueiras da imaginação.
O Passado e o Futuro poderam, por fim, tocar-se unidos pelo filamento que é o Presente. As diversas gerações foram então capazes de comungar os diversos Presentes deixados pelos antepassados desconhecidos, mas sempre presentes, em rituais que alimentam a memória colectiva, que alimentam a palavra e a sua evolução.
E o Homem foi crescendo à medida que a palavra se ia desenvolvendo.
Por fim ressurgiu o Silêncio.
Um silêncio feito de palavras. Palavras feitas de solidão e incompreensão, criadas num discurso hermêutico ao qual é praticamente impossível o acesso.
A palavra desuniu-se do Homem e da realidade que o rodeia. A palavra criou um espaço próprio, deixando naqueles que a usam uma estranha sensação de desadequação.
A comunicação foi lentamente retomando o seu carácter instintivo e imediatista, que teve nos primeiros dias.
No início havia o silêncio.
Um silêncio feito de instintos e de ruídos sem sentido, que colocavam o Homem ao mesmo nível da realidade que o rodeava. A comunicação surgia de uma forma instintiva e imediata. Apenas se vivia o momento; não havia passado e o futuro era algo que ainda teria de ser criado.
Depois surgiu a palavra.
( Para alguns, uma dádiva de Deus que permitiu ao Homem fazer uso da mentira.)
Com a Palavra surgiram os conceitos; uma forma quase virtual de retratar a realidade sem que haja necessidade de a tocar. E o Homem alcançou um patamar diferente de tudo aquilo que o rodeava. Foi por fim, capaz de sonhar enquadrando a insegurança e o medo em mitos elaborados em longas noites, que se iam consumindo ao sabor do crepitar lento, mas constante, das fogueiras da imaginação.
O Passado e o Futuro poderam, por fim, tocar-se unidos pelo filamento que é o Presente. As diversas gerações foram então capazes de comungar os diversos Presentes deixados pelos antepassados desconhecidos, mas sempre presentes, em rituais que alimentam a memória colectiva, que alimentam a palavra e a sua evolução.
E o Homem foi crescendo à medida que a palavra se ia desenvolvendo.
Por fim ressurgiu o Silêncio.
Um silêncio feito de palavras. Palavras feitas de solidão e incompreensão, criadas num discurso hermêutico ao qual é praticamente impossível o acesso.
A palavra desuniu-se do Homem e da realidade que o rodeia. A palavra criou um espaço próprio, deixando naqueles que a usam uma estranha sensação de desadequação.
A comunicação foi lentamente retomando o seu carácter instintivo e imediatista, que teve nos primeiros dias.
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