quinta-feira, 20 de março de 2008

Acreditar
Já não é um acto de fé
Acreditar
É estar vivo
Sentir saudades em cada suspiro
Misturar vinho broa e ignorância
Acreditar
É fazer corresponder trajectos
Como uma criança que brinca desinteressadamente
Apenas para não perder o lugar ou o futuro
Acreditar
É no fundo o abandono
Apenas na dúvida as pessoas se afirmam
É por isso que acredito
Na dúvida

2 comentários:

Anónimo disse...

Em cada dúvida se burila um grão de fé;
Se controí o ser difuso que se é.
Abençoada incerta que canta o mudo
Bendito xaile de veludo
Onde se esconde cada badalada de esperança;
Onde se aceita cada lembrança.

Anónimo disse...

E na ponta de uma negra e certeira
Chuteira,
Desse aquilino miúdo feito homem,
Reside a esperança de um triunfo,
Que traga outros maiores,
Para voltarmos a ser de novo,
O Glorioso!

Esta é a minha Fé - Rui Costa

Saudações Benfiquistas ao Amigo Paulo que me surpreendeu com este poema.