Instala-se, no Inverno, o fim da tarde Com o cheiro dos bifes no corredor. Seis da tarde. As pontas ardidas dos dias de fumo. E um aguaceiro agora, repentino, enrola Os lixos agradecidos De folhas mortas em torno dos teus pés E jornais que vêm de campos baldios; Açoitam os aguaceiros As persianas desfeitas, os fumeiros, E, à esquina da rua, solitário O cavalo de um trem de praça fumega e bate os cascos.
Acedem-se, depois, os candeeiros.
T.S. Eliot
Prufrock e outras observações (trad. João Almeida Flor)
1 comentário:
Prelúdios
I
Instala-se, no Inverno, o fim da tarde
Com o cheiro dos bifes no corredor.
Seis da tarde.
As pontas ardidas dos dias de fumo.
E um aguaceiro agora, repentino, enrola
Os lixos agradecidos
De folhas mortas em torno dos teus pés
E jornais que vêm de campos baldios;
Açoitam os aguaceiros
As persianas desfeitas, os fumeiros,
E, à esquina da rua, solitário
O cavalo de um trem de praça fumega e bate os cascos.
Acedem-se, depois, os candeeiros.
T.S. Eliot
Prufrock e outras observações
(trad. João Almeida Flor)
Enviar um comentário