Claro que não podia consentir aquela nobreza inglória de arruinar as contabilidades. O cavalheiro tem um gosto hirto, parece um pêndulo quando deixa cair os olhos nas somas e nas diferenças! Dito isto, avançou o Sr. Nogueira a descoberta metafísica: o homem, sim obstante, tinha um peculiar decaimento para vasculhar o oco do ser e, como o oco se sonoriza, pintava um eco a cada observação. Tinha de o escolher, concluiu veemente. O VG? – atrevi-me. Paciência, ripostou o Sr. Nogueira: cada Soares tem o seu VG, tal como todos temos um Vasques, na maioria nem damos por tal! Está contratado? – renovei. Contratado; contratado, mas não deixo de lhe deitar a mão ao embaraço: o rapaz é novo… burilando os inícios do Guedes e com umas cinzeladas minhas acho que chega a guarda-livros; se se desassossegar, bem entendido. Bem entendido, terminei eu, como se entendesse.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Que pasmaceira!
Bem entendido, digo, bem entediado (e não diria melhor o Sr. Nogueira).
Faz falta é o Guedes, que sempre tinha uma ideia mais límpida na cabeça...
Ainda diz mal do pobre Cuco!!!!Comparado com a"contabilidade"...
Enviar um comentário