quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

coisas da vida

Verdadeiramente, custava-me a ver aquela
Insistência de m’avisares sempre do perigo
Seguindo-me os passos como numa sequela
De um filme mudo, passado e muito antigo.

Se queres dizer, corro riscos, quem não
Os corre, nesta vida airada e d’aventura
Quando nos cabe, dia a dia, essa opção
D’escolher entre desatino e compostura.

Deixa estar assim, d’ânsias embriagado
Na corda bamba entre sarcasmo e siso
Pior seria se me tivesse aí desfeiteado
D’omissões que enganei não ser preciso.

3 comentários:

Anónimo disse...

Entre o sarcasmo e o siso, abomino a subtileza do escárnio, disfarçada de crítica construtiva.
Prefiro que não me avisem dos perigos.
E correrei os riscos que bem entender porque saberão ao meu sangue.
São coisas da vida, pá!

Anónimo disse...

E que vida!
Quero o suor dos outros a fazer-me comichões.
Sou invejoso.
E isso basta-me!

Guilherme Salem disse...

Embriagado de ânsias é um estado que, não só admiro, como cultivo.
E riscos....existem para serem corridos e enfrentados. Bem Haja.