Quando percorríamos o molhado da areia, deixando-nos salpicar pelas grainhas da espuma indolente, imaginávamos que o pensamento do outro era tão transparente como a água sem limos que nos albergava o horizonte. Não duvidaríamos, um segundo que fosse, do desejo que as mãos enlaçadas recusavam alheio. Descobrimos, vezes sem conta, as diferenças das nossas suposições; e, de novo, sempre, jovens e temerários, voltaríamos a jogar esse exercício de adivinhação, defendendo que era a distracção de uma gaivota, nunca a liberdade, que nos impedia de acertar em cheio. Tontos…
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