domingo, 27 de janeiro de 2008

tinhas razão...

Disseste – num inesperado repente, quando a intensidade do Sol te obrigava a piscar os olhos e o azul que sobrava ganhava traços de mosaico – que a minha paixão não fora suficientemente avassaladora, rebelde, irrequieta… Descia-te a garganta o último travo do chá verde da Gorreana e o mar da Caloura abraçava-nos em fundo. Querias dizer que eu estava mundanamente conformado, que não daria passos, muito menos arrastaria montanhas para perseguir uma ideia carinhosa que, há tão pouco tempo, se havia fingido de esperança. Tinhas razão…

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