segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

cansados de brilhar...

Quando dizias que a vida arrasta irremediavelmente algum cansaço pensava que era o calor do Verão ou a chuva de Outubro que te abatiam. Às vezes penduravas o pescoço (a toalha felpuda, desleixada no regaço do sofá, quando saias do banho) na súplica de uma massagem rápida e fingias-te recomposta. Os anos que me trituraram até entender que o cansaço era imaterial, que era o espelho do desânimo dos olhos terem deixado de brilhar ao som de um beijo.

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