Estava sentado na esplanada
quando o azul me trespassou
e lá deixou um traço de nada
do olhar que me (en)levou.
O mar picado ali tão perto
quase a salpicar-me os pés
e tão morto, nem desperto
para saborear quem tu és.
Não sei quanto é um segundo
na história da humanidade,
mas já sei, oiço-o no fundo,
que não podes ser de verdade.
Talvez um dia: cá regressas
e trazes canções de embalar.
Vós, mulheres, é só promessas,
eu estou-me sempre a enganar.
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1 comentário:
estamos sempre a enganar-nos, é verdade; mas é esse o encanto, o valor do próprio engano, a sua (quase) felicidade.
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