segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

P'elo catorze de Fevereiro

queria uma mulher feita na trança d'oiro
do riso dos antigos; como os deuses, de olhar completo.
que me encontrasse na porta d'esperança
antes de entrarmos em casa,
e que os nossos lábios fossem um,
o nosso pasto, repasto de jejum,
o nosso enlevo fosse filho do medo
p´ra lhe cair as pernas, o decepar das asas.

queria que o corpo se corrompesse
em milagres de prova de destino
desde que juntos, poro a poro
até respirar o mesmo ar,
até deixar de respirar.

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