segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Estrela


yyyyy
kkkkk
hhhhh
kkkk
kkkk
kkkkkk
kkkkkkk
kkkk
kkkk
kkkk
kkkk
Adeus,
solitária viajante dos países frívolos
deixa que os meus dedos desenhem nas
maças do teu rosto
um beijo e o sinal da cruz,
deixa que os sinos toquem na outra margem
do rio,
por nós,
pela morte das dunas que incendiámos num
Verão de ventos loucos,
pela morte das cegonhas e dos lírios,
adeus,
doce amada do meu céu de Agosto,
deixa que sobre a tua pele de ternura e
fogo e luminosas cinzas,
eu escreva um último verso,
um verso de néctar e ouro,
sobre as páginas vazias do coração.
José Agostinho Baptista, Anjos Caídos, Assírio & Alvim, 2003

1 comentário:

Passiflora Maré disse...

Belíssimo! Muito, muito Belo. Este Agostinho Baptista é verdadeiramente ímpar.