sexta-feira, 17 de abril de 2009

A ANÉMONA DOS DIAS

Aquele que profanou o mar
E que traiu o arco azul do tempo
Falou da sua vitória
fffffffffffffffffff
Disse que tinha ultrapassado a lei
Falou da sua liberdade
Falou de si próprio como de um Messias
ffffffffffffffffff
Porém eu vi no chão suja e calcada
A transparente anémona dos dias

Sophia de Mello Breyner Andersen, Mar Morto

2 comentários:

Vanuza Pantaleão disse...

Oi, Augusto!
O mesmo bom gosto e suavidade na escolha dos textos.
Tudo aqui assume a forma da mais Pura Poesia...
Um ótimo final de semana, amigo!Bjs

Anónimo disse...

A grande SOPHIA. Lindo, como sempre.