sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O fogo

Desço ao centro do fogo,
ao diamante dos rios, à tempestade
luminosa do orvalho.
ggggggg
Sorvo esta luta de gigantes
com os olhos queimados de água,
lavados de lava.
gggggg
Desço ao centro do fogo e da água,
a campos de batalha, às cores insaciáveis
que me dividem ao longo da viagem.
gggggggg
Na memória, nos escombros da terra
levanta-se o sol, o fulgor da manhã.

Casimiro de Brito, jardins de guerra
Prémio de Poesia da Imprensa Cultural,1968

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito belo.