quarta-feira, 6 de agosto de 2008

sei lá que fazer!

Quais são os predicados do teu sujeito,
Qual é – afinal – esse ar tão rarefeito
Com que me sufocas esperança e tempo?
- Eternidade é só este preciso momento!

Dizes assim tu no sorriso branco de noite.
E eu oiço e parto batido, como num coice;
Desesperado de imensas esperas perdidas,
Só porque teimei serem unas nossas vidas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Nunca a alheia vontade, inda que grata,
Cumpras por própria.
Manda no que fazes,
Nem de ti mesmo servo.
Ninguém te dá quem és.
Nada te mude.
Teu íntimo destino involuntário
Cumpre alto.
Sê teu filho.

Ricardo Reis