sexta-feira, 4 de julho de 2008

Coimbra

Coimbra tem a sua negra capa
Refeita de esperanças perdidas
Verbo escondido que se escapa
Em língua trocada noutras vidas

Tem um céu cinzento, um céu azul
Uma promessa beijo às madrugadas
No gesto escondido do folho de tule
Da caloira das esperas ensombradas


Coimbra tem tudo isso, e só me resta
Agora saudá-la num gesto de saudade
Dessa que nos segreda no fim da festa:
Tudo perdido… mas ficou a liberdade.

3 comentários:

Anónimo disse...

De Coimbra, fica um rio e uma saudade
Cavaleiros andantes, dulcineias
De Coimbra, fica a breve eternidade
Do Mondego, a correr em nossas veias

De Coimbra, fica o sonho, fica a graça
Antero de revolta, capa à solta
De Coimbra, fica um tempo que não passa
Neste passar de um tempo que não volta


Manuel Alegre - 1978

Anónimo disse...

Nada se perde...TUDO se transforma!

Unknown disse...

O anónimo que me perdoe, mas este poema apenas prova que Manuel Alegre é realmente um muito mau poeta.