sábado, 31 de maio de 2008

deixa-te

Sinto um vazio no sopé da esperança
Assim que renovas essa tua ameaça:
Os tempos idos de bem-aventurança
São futuros próximos de desgraça.

Só porque teimas no propósito louco
De eu me te dar por inteiro e uno,
Partindo do que é dado ser tão pouco
E eu não ter categoria nem aprumo.

Deixa-te dessas coisas, mulher lilás
Dou o que dou; é só isso que posso
Mais do que isso sei já não ser capaz
E outras exigências nem te as oiço.

Deixa-te...

7 comentários:

Anónimo disse...

Boas rimas...

Anónimo disse...

"São futuros próximos da desgraça"
Sócrates?!

Anónimo disse...

Presunção e água benta cada qual toma a que quer.

Anónimo disse...

São complicadas, as suas mulheres...

Anónimo disse...

Gostei da humildade!?
E da ideia, de uma mulher de cada cor, como as flores.

Padmé

Anónimo disse...

Cada um dá o que pode ...
calha com tanta reclamação
você nem o que pode dá

Anónimo disse...

Excerto de uma música muito bonita que se pode aplicar aqui?!
Sobejamente conhecida, Mulheres, de Martinho da Vila:

"Já tive mulheres
De todas as cores
De várias idades
De muitos amores
Com umas até
Certo tempo fiquei
Prá outras apenas
Um pouco me dei..."
(continua)

E no continuar é que está o ganho!
Mas só para quem quer...e há os que não querem, ponto final.