O senhor Calisto regressou tombado de desânimo. Carregava uma sombra pesada que lhe fazia de vulto, mas a noite respeitosamente escondia. Seis de aguardente, bebera-a de trago e o estômago voltou a arrefecer. A noite vinha pálida e fria. Apertou o último botão do sobretudo cinzento, esfregou uma mão na outra e estugou o passo. Antes de recuperar o Amarelo, resolveu abeirar-se do rio, olvidando por instantres o cacimbo. Ali lavou os olhos, a estender a vista na corrente.
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2 comentários:
Porque, muitas vezes, até na Noite Fria, o Mondego consegue ser o melhor cúmplice solitário, o espelho de uma Cidade que é estranha de se amar.
A maior perda da vida é o que morre dentro de nós...enquanto vivemos!!!!
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