sábado, 1 de março de 2008

o nexo mais fraco


Sei que é por arribar aos meses primeiros. O Fevereiro, tal como o Janeiro frio, é invento retardado. Vou de motorizada ao sítio que não encontro e desespero (suavemente) em busca de respostas. À porta. Guardando o pórtico da dúvida. A alma acomoda-se ao ténue cair dos dias semelhantes. Sofrimento calado de noites escondidas, em perda de olhos desaparecidos nas amizades inventadas. Se não há aceleração, sobra o ritmo, coragem de primitivas necessidades, filho de circunstâncias. Não há areias que agitem o mar (de sargaço) que se compromete em lassidão. Não há amoras bastantes – mesmo se poucas – porque se esquecem na negra brancura dos lençóis gastos, indolentes a nos enxotar ao mundo, a nos forçar a abrir os braços. Como um abraço, medianamente abrangente.

(a pedido de um amigo, autor garboso, que, algumas vezes, toma cicuta em lugar de água mineral. E me deu a entender que a loucura é uma contagem não estatística da normalidade)

2 comentários:

Anónimo disse...

Este Blogue precisa de água!

Unknown disse...

O blogue e o país...