Em louvor da data que corre, socorro-me de Fernando Pessoa, quando louva, sublime, duas mulheres sublimes:
D. Tareja
As nações todas são mistérios.
Cada uma é todo o mundo a sós.
Ó mãe de reis e avó de Impérios,
Vela por nós!
Teu seio augusto amamentou
Com bruta e natural certeza
O que, imprevisto, Deus fadou.
Por ele reza!
Dê tua prece outro destino
A quem fadou o instinto teu!
O homem que foi o teu menino
Envelheceu.
Mas todo vivo é eterno infante
Onde estás e não há o dia.
No antigo seio, vigilante,
De novo o cria!
D. Filipa de Lencastre
Que enigma havia em teu seio
Que só génios concebia?
Que arcanjo teus sonhos veio
Velar, maternos, um dia?
Volve a nós teu rosto sério
Princesa do Santo Gral,
Humano ventre do Império,
Madrinha de Portugal.
sábado, 8 de março de 2008
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