pena, pena é não se arrancarem todas. suavemente.
A falta de arte para destruir o diaNo Céu estejas sem torpor,rodeado de anjosdesses que os livrosque não lias...estampam a fingir de amor Pudera eu abraçar-te agorarodear o teu corpo com o meu desertoainda assim, maior que o meu apertoDesce, anda daí!Vamos beber um copoEntornar vinho tinto, aguardenteEu sei lá…Tudo o que vier, virá!Dizes-me que estou crescidaPergunto-te se já não fumasRespondes-me com ar trocistaNão há tabaco nas tumbas!Anda ver a cidadeVê como tudo mudou(ah desculpa não conhecias)Mas mesmo assim se alterouOlha, aqui está o meu filhoTeu neto, tua pertençaTeu sangue que aqui fervilha Em veias da tua herançaRepousa na minha camaDe boa graça ta douSó espero que te não assaltemOs sonhos que ela deitouAnda ver o mar comigoEstá a um passo …mesmo ao jeitoÉ certo que não tem barcosMesmo assim, sossega o peitoOlha-me para esta genteSem trouxa nem cantoriaÉ diferente do teu tempoAinda que de barriga fartaEsvaída de alegriaLeva-me um farnel contigoNessa viagem de lonjuraDe saudades, enche-o bemQue disso tenho eu farturaE se tens já que partirPor este momento findarLeva contigo uma lágrimaFicam outras a sobrarLeva moedas tambémNão vá o barqueiro azedarDá-lhe cumprimentos meusAté à altura de eu chegarBut, not yet, not yet!Antónia (numa longa noite de fado)
Do céu devem ter lidoo hino que trinou do fado.Neste blog foi ouvido...e acrescento, em respeito: obrigado.Stay alive.
Obrigado a.m.Foi só um momentito, já passou.Antónia
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3 comentários:
A falta de arte para destruir o dia
No Céu estejas sem torpor,
rodeado de anjos
desses que os livros
que não lias...
estampam a fingir de amor
Pudera eu abraçar-te agora
rodear o teu corpo
com o meu deserto
ainda assim, maior que o meu aperto
Desce, anda daí!
Vamos beber um copo
Entornar vinho tinto, aguardente
Eu sei lá…
Tudo o que vier, virá!
Dizes-me que estou crescida
Pergunto-te se já não fumas
Respondes-me com ar trocista
Não há tabaco nas tumbas!
Anda ver a cidade
Vê como tudo mudou
(ah desculpa não conhecias)
Mas mesmo assim se alterou
Olha, aqui está o meu filho
Teu neto, tua pertença
Teu sangue que aqui fervilha
Em veias da tua herança
Repousa na minha cama
De boa graça ta dou
Só espero que te não assaltem
Os sonhos que ela deitou
Anda ver o mar comigo
Está a um passo …mesmo ao jeito
É certo que não tem barcos
Mesmo assim, sossega o peito
Olha-me para esta gente
Sem trouxa nem cantoria
É diferente do teu tempo
Ainda que de barriga farta
Esvaída de alegria
Leva-me um farnel contigo
Nessa viagem de lonjura
De saudades, enche-o bem
Que disso tenho eu fartura
E se tens já que partir
Por este momento findar
Leva contigo uma lágrima
Ficam outras a sobrar
Leva moedas também
Não vá o barqueiro azedar
Dá-lhe cumprimentos meus
Até à altura de eu chegar
But, not yet, not yet!
Antónia (numa longa noite de fado)
Do céu devem ter lido
o hino que trinou do fado.
Neste blog foi ouvido...
e acrescento, em respeito: obrigado.
Stay alive.
Obrigado a.m.
Foi só um momentito, já passou.
Antónia
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