domingo, 5 de outubro de 2014

A. era passeado pelo seu cão

Todas as noites, fizesse frio, calor ou chuva, A. era passeado pelo seu cão. Com uma regularidade inesperada visitava todos os postes, árvores e canteiros das redondezas, conforme a vontade e as necessidades do canídeo, que domava a trela.
Assim como assim, sempre era melhor estar em casa a aturar a má disposição da mulher e as birras da filha, ao mesmo tempo que era capaz de transmitir, pensava ele, uma imagem respeitável de um membro de família cuidador.

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