segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

verão de promessas

e agora, que o sonho se deslumbra
na terra fria, lá onde os pássaros
repousam gravilhas de pasmo,
e eu respondo que entendo o mundo
entre o perplexo de um olhar d'areia
e o mar azul, azul de azul e cor
onde repouso os ombros do cansaço
futuro, onde, cada vez onde
intrigo o espaço que amanhã
traz bagatelas de dúvida
e respiração de sossego: canto
outra vez as promessas antigas,
julho e agosto, mar e lábios
ternuras de porvir

julho. 2010