quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Seguindo o conselho do mestre Viriato, diluo-me na imagem e nos
reflexos e levo a praia num até breve; a praia e os seus adereços...

12 comentários:

Anónimo disse...

curosidade : o cromo ( só porque está à "selecção ") é autor ?

ViriatoFCastro disse...

Amigo Augusto, o verdadeiro mestre és tu, dada a qualidade da foto. De facto, nestes tempos de resistência, em que ainda se tenta adiar a chuva, o plano desta foto não deixa de ser oblíquo e, por aí, pessoanamente, delicioso.

Caro Anónimo, todos nós, Autores ou não, somos cromos desta caderneta a que se chama vida. Não concorda?

AugustoMaio disse...

Cara (face)anónimo: só a sua curiosidade cromática me fez lembrar a impossibilidade ou o erro de eventualmente ter todas a camisolinhas a corar: é que a ser eu tinha de ser vermelha e com o número 10; é essa que consta das cadernetas.

AugustoMaio disse...

E fez-me lembrar uma história, de há muitos anos: alturas do carnaval e um catraio esconde-se na garagem e a dona diz-lhe: bem vejo que és tu, ó Joaquim Manuel, mas ele respondeu "não sou eu, não".

Afinal, a mesma resposta é a mesma. Resta o cromo n.º 10.

AugustoMaio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
AugustoMaio disse...

Digo, a "minha" resposta é a mesma...

p. coimbra disse...

Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele...e da nação.
José Régio

soneto escrito em 1969, no dia de uma reunião de antigos alunos

p. coimbra disse...

Já duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia.

Vem cá dizer-me que sim.
Ou vem dizer-me que não.
Porque sempre cens assim
P'ra pé do meu coração.

Fernando Pessoa, Quadras ao Gosto Popular

p. coimbra disse...

Maria, se eu te chamar,
Maria, vem cá dizer
Que não podes cá chegar.
Assim te consigo ver.
(...)

Fernando Pessoa, Quadras ao Gosto Popular

Nádia disse...

Bonitas palavras acompanhada de uma imagem a condizer

AugustoMaio disse...

Grandes comentários. Obrigado

AugustoMaio disse...

Grandes comentários. Obrigado