terça-feira, 20 de abril de 2010

Quem dera que...

quem dera que eu juntasse os ossos
numa escultura de pedra
pois não sei chorar na eternidade
sem os arquétipos
(cola da alma ao mundo, como som,
suspiro de sempres)
e depois - estranha mente! -
voar.
p
á
s
s
a
r
o
ferido
na gravidade d'asas
liberto, infindo
no percorrer dum olhar
tão teu
(só eu?)
ou meu
só para sempre, mas agora
e doravante
no apenas que enche o espaço
limite das sobras do mundo.
(20.04.2010)

1 comentário:

cinemateca disse...

Já não me lembro do teu beijo
mas desejo.
A que sabem os teus lábios?
Todos os outros são falsários.
Como é na paixão o teu olhar?
Doi-me de já não recordar.