sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Relógio desperta o vazio da cama (revisitado)

Estendo o corpo no estendal do leito

E fecho os olhos, assim de mansinho

Logo então oiço o piar de passarinho

A parecer voz, que é a do teu peito

Estico a esse lado a atenção

A entender o que piará o pio

E lanço só a mim o desafio

D’ouvir por quem pia o coração

Solto do sonho, projecto-me nas horas

Que na parede piam segundo a segundo

Sozinho pio. Há muito que me demoras

E não t’esqueço nem em sono profundo

4 comentários:

Anónimo disse...

Sinceramente, acho este um pouco "fatela"

AugustoMaio disse...

E eu que o achava bom (ainda que longe do milimetrica mente, que acho lindo, já viu)!
Mas obrigado pela sinceridade. Talvez a rima tenha muito som, e isso arrasta. E, é claro, talvez o arrasto sinfónico lhe dê um ar de "zé cabra", expressão rápida que encaixo em fatela.

Good.

Petra Maré disse...

Pois eu gostei.
Tem um "cheiro" de primeiro amor que o torna pelo menos bonito e corajoso.

Anónimo disse...

Tá bem!...