quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

No centro d'ouro

No desacerto dos gestos pareço
redesenhar um compasso
passo a passo - se mereço? -
circulo em redor do teu apego
sem pavor, ainda a medo
enovelo nos cabelos de alecrim
(também a mim, ao vê-lo
me pareciam assim)
fios d'ouro e linho
onde adivinho tesouro,
palavras floridas em Setembro.
Ainda lembro
o beijo e o olhar:
solfejo de cantar
rimas e sinas de cigano;
pró ano hei-de voltar
mais inquieto.

1 comentário:

Petra Maré disse...

muito belo e terno.