quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Teu nome

Podia chamar-te Verão...
Tu sabes disso.

Após o frio e as tormentas, vens de mansinho com cheiro de maresia, nuances de ar morno e aromas de pinheiro bravo a desflorar.

Em veladas formas nuas te insinuas, na promessa de um doce recordar, de um beijo que se quer breve, com aromas a pêssego e a morangos.

Em mornas noites de ondas lentas e compassadas, o teu canto inebria, ao sabor do mais puro suspirar, entre travos de um qualquer néctar quente e sedutor.

Nos raios dourados de um astro que míngua, abres o pano para estrelas confindentes, sobrando apenas um mapa aguado dos segredos que queres partilhar.

Por onde andas é mistério e a miragem do teu sorriso é o tesouro a descobrir.

E se no meio de finos grãos de rocha incongruente fica a certeza de um retorno, o suspiro da cósmica distância dá a esperança de uma rota, de um rumo...

No meio de tudo e no fim do instante, sais como entras, deslumbrante...

E, com as primeiras chuvas, o desejo...

O desejo de a ti voltar.

2 comentários:

Anónimo disse...

Parece que aqui se descreve o amor à praia...

Anónimo disse...

É bem visto, mas também ao mar, à noite, ao sol...