quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Malcolm Lowry


A república é atravessada, mais ou menos de norte a sul, por duas cadeias de montanhas que formam entre ambas um bom número de vales e de planaltos. Sobranceira a um desses vales, o qual, por sua vez, é dominado por dois vulcões, ergue-se, a uma altura de seis mil pés acima do nível do mar, a cidade de Quauhnahuac. Fica bastante a sul do trópico de Câncer, ou, para falar com mais exactidão, no paralelo 19, quase à mesma latitude a que, a oeste do Pacífico, se encontram as ilhas Revillagigedo, ou, ainda mais a oeste, a ponta mais meridional do Havai e, para leste, o porto de Tzucox, situado na costa atlântica do Iucatão, perto da fronteira das Honduras Britânicas e, finalmente, muito mais para leste, na baía de Bengala, a cidade indiana de Juggernaut.
As muralhas da cidade, que se encontra edificada numa encosta, são altas; as ruas e os becos, tortuosos e arruinados; as ruas, coleantes. Possui uma bela estrada de tipo americano, que vem do norte e acaba por se perder em ruas estreitas, degenerando finalmente num verdadeiro caminho de cabras. Quauhnahuac possui dezoito igrejas e cinquenta e sete bares.
kkkkkkkkkk
Debaixo do Vulcão, tradução de Vigínia Mota
Edição Livros do Brasil, 2002

1 comentário:

leitor disse...

Um romance intenso e maravilhoso, mesmo que cheio de bebida.