segunda-feira, 8 de junho de 2009

Memória

"Daniel Faria deixou o que transcende a memória de um nome, a permanência de um lampejo que o futuro, corrector de impulsos e de distracções, bem poderá erigir ao plano de uma evidência (...)
Os poemas de Daniel Faria assombram-se e acendem-se num advento de morte, tão ansiado quanto temido, que dela faz pedra de ara do sacrifício e aprendizagem do voo de redenção. desta antecipação do fim, percebido como golpe, e não como condição, tratam os versos que o equiparam ao que «dói como os cristais que são impuros» por serem humaníssimos na sua efemeridade."
hhhhhhhhh
Mário Cláudio, Legenda para uma casa habitada
hhhhhhhhhh
"Agora está morto e relembro claramente o corte de dor que me anunciou a sua morte. Era um poeta muito mais novo que eu por isso muitas vezes fala uma linguagem desconhecida, mas a densidade dos seus poemas como uma aparição súbita mostra aqueles fragmentos que a nossa alma relembrará"
hhhhhhhhhhhh
Sophia de Mello Brayner Andresen, Legenda para uma casa habitada

1 comentário:

Vanuza Pantaleão disse...

Como estás, meu amigo?
Perder companheiros de jornada terrestre já nos entristece, mais ainda quando são Poetas. Passei por esse drama a algum tempo atrás e meu coração ainda sofre quando o relembro.
A memória, por vezes, nos é benévola, mas também sabe nos magoar.
Tão belo e inteligente seu espaço...

Uma maravilhosa semana, Augusto!!!Bjsss