quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Plúvia Certeza

"Na plúvia certeza de um tempo apaixonado,
A saudade é o meu mapa, o meu Fado...

Na plúvia certeza de um desejo molhado,
Pelas lágrimas solto num sofrido brado,
A memória da tua face é o meu consolo.

Perco-me em ti, neste sonho, que nem tolo...
Esperando, um dia, repousar em teu colo.

E sabe tu que, para lá de tímidos olhares,
O beijo que se imagina, desenha-se,
Na chuva que cai, no frio que se sente.

No fim, a plúvia certeza de um amor que não mente."

Alejandro Villas-Diego, Lírica de Inverno

6 comentários:

Anónimo disse...

Egoísta, espero que volte a republicar o seu comentário, uma vez que parece ter ficado perdido na moderação. Bem-haja!

Anónimo disse...

Não consigo imaginar um beijo que se possa desenhar no frio, principalmente neste que se instala no corpo(e não só).
Mas tudo é possivel, até um dia...

Anónimo disse...

As palavras do poeta são certas e seguras. Não deixam margem para dúvidas.

Anónimo disse...

Pois mas o AMOR é tudo menos isso.

Anónimo disse...

Que sempre se deve saber melhor que as palavras para muitos são actos que não perderão o seu lugar e a sua vez.

Anónimo disse...

"Na plúvia certeza de um tempo apaixonado" - na vida o tempo é rigoroso, ou se fazem certas coisas na altura certa ou não se fazem nunca mais.