sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Como um direito

a gota desliza sobre o orvalho
sem que os ramos desnudados
do Inverno se queiram aperceber.
vou deitar-me sobre o tempo
e não me deixar dormir.
e sofregamente sonhar
sonhar, na mesma
como se fora um direito próprio.

(21.01.2008)

2 comentários:

Arkantis disse...

Gracias por tu visita....un besazo

Anónimo disse...

como um direito que encara a vida tal e qual um constante acto de sossego; direito a sonhar sem dormir, talvez direito a dormir sem sonhar; talvez direito a não dormir, ou talvez mesmo só o talvez. E assim, talvez a poesia seja um direito tão natural como o acto, o de dormir ou de não, o de talvez sonhar. enfim...