
Solzhenitsyn estudou matemática na Universidade Estatal de Rostov, ao mesmo tempo que cursava, por correspondência, no Instituto de Filosofia, Literatura e História de Moscovo. Durante a Segunda Guerra Mundial participou de acções importantes como comandante de uma companhia de artilharia do Exército Soviético, obtendo a patente de capitão e sendo condecorado em duas ocasiões.
Algumas semanas antes do encerramento do conflito, já havendo alcançado território alemão na Prússia Oriental, foi preso por agentes da NKVD por fazer alusões críticas a Stalin em correspondência a um amigo. Foi condenado a oito anos em um campo de trabalhos forçados, a serem seguidos por exílio interno em perpetuidade.
A primeira parte da pena de Solzhenitsyn foi cumprida em vários campos de trabalhos forçados; a "fase intermediária", como ele viria a referir-se a esta época, passou-a em uma sharashka, um instituto de pesquisas onde os cientistas e outros colaboradores eram prisioneiros. Dessas experiências surgiria o livro "O Primeiro Círculo", publicado no exterior em 1968. Em 1950 foi enviado a um "campo especial" para prisioneiros políticos em Ekibastuz, Kazaquistão onde trabalharia como pedreiro, mineiro e metalúrgico. Esta época inspiraria o livro "Um Dia na Vida de Ivan Denisovich". Enquanto neste campo retiraram-lhe um tumor, mas o cancro não chegou a ser diagnosticado.
A partir de Março de 1953, iniciou a pena de exílio perpétuo em Kol-Terek no sul do Cazaquistão. O seu cancro, ainda não detectado, continuou a espalhar-se, e ao fim do ano Solzhenitsyn encontrava-se próximo à morte. Porém, em 1954 finalmente recebeu tratamento adequado em Tashkent, Uzbequistão, e curou-se. Estes eventos formaram a base de "Repartição do Câncer".
Durante seus anos de exílio, e após sua soltura e retorno à Rússia europeia, Solzhenitsyn, enquanto leccionava em escolas secundárias durante o dia, passava as noites a escrever em segredo. Mais tarde, na breve autobiografia que escreveria ao ganhar o Prémio Nobel de literatura, relataria que "durante todos os anos até 1961, eu não apenas estava convencido que sequer uma linha por mim escrita jamais seria publicada durante a minha vida, mas também raramente ousava permitir que os meus íntimos lessem o que eu havia escrito por medo que o facto se tornasse conhecido".
Obras
Um Dia na vida de Ivan Denisovich (1962; romance )
O Primeiro Círculo (1968; romance)
O Pavilhão dos Cancerosos (1968; romance)
Arquipélago Gulag (1973–1978)
Agosto, 1914 (1984; romance)
Fonte: Wikipédia
Por não ser demais...
1 comentário:
Belo regresso, caro P A.
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