quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Acendalhas

Era como fechar o dia com as acendalhas, junto ao coração quase deserto. As mais simples palavras entravam em desgoverno, a sombra das tuas mãos cobria quase metade da terra. A meio da sala alguns pratos, incenso, a luz azul do computador, o sentimento ainda selado por atilhos, cordames, a música repetia-se cadenciada no cenário desastrado. e o sol, que desaparecera, e vénus, que brilhava, ardiam um no outro como troféus do coração.
20.agosto.2008
Fernando Luís Sampaio
Falsa Partida

1 comentário:

Anónimo disse...

"Ver num grão de areia um mundo
Numa flor um céu profundo;
Ter na mão a infinidade,
Num minuto a eternidade"
William Blake