terça-feira, 11 de março de 2008

tua luz

Queria eu a luz que vejo
Na escuridão da procura
Tendo ela o som de beijo
Três gestos antes de tua.

Foi esta a quadra exacta
E nesse momento preciso
Lançaste o olhar que mata
As réstias do meu juízo.

De que serviria correr?
Dali já fugira o eu…
E o outro queria morrer
Ao ver-te no olhar o céu

Ridículo!, assim escrito, este amor
Ou outro, explicaria o Sr. Fernando
De repente, no Pólo seca-se de calor
E parece eterno um pequeno quando

11 comentários:

Anónimo disse...

E...acha que o Sr. Fernando percebe alguma coisa disto?

Anónimo disse...

Não sei quem é o Sr. Fernando, mas acho que não terá percebido nada. Ainda bem para ele. Quanto a nós...lá penamos a tentar perceber, já que não somos Fernando...Pólo? Calor ? Eterno ? What a mess. You must get some peace.

Anónimo disse...

Eu acho que não, e ainda bem para ele. Aliás, nem nós percebemos e não nos chamamos Fernando (aliás, ninguém se chama Fernando, only). Polo ? Seca? Escuridão? Procura? what a mess. You must get a new Light. "Estop ito". E o Herbert...que não aparece...Mas essa moça está gostando de rezar demaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiis.

Anónimo disse...

Herbert? Moça? Você não estará no post errado? Quem permitiu que isto fosse publicado? Este adminstrador é um frouxo!

Anónimo disse...

O Sr Fernando esclareceu que as cartas de amor são sempre ridículas. Talvez o tivesse dito pensando na Ophélia, mas sobra-lhe um valor universal.
O Polo também não conheço, mas dizem que anda por lá frio... e o amor é fogo que...

Anónimo disse...

Esse tal Fernando é, como o respeito devido aos restantes, um Génio. De amanhã a três meses fará cento e vinte anos. Nasceu em Lisboa no dia de Santo António.

Anónimo disse...

Enfim, para os amigos e com muito respeito... o Sr. Nogueira.

Anónimo disse...

Tece, amor, as grinaldas com que queres
Coroar o amor que nem sabemos ter,
Com brancas mãos em lento movimento
Das papoulas e pobres malmequeres...
Tece-as para que ao menos o momento
Em que as tecees nos possa pertencer.

Fernando, A Decadência, 1919.

Anónimo disse...

A dor que me tortura sem que eu tenha
Caminho ou alma para lhe fugir,
Parece que ao tocar-me me desdenha,
E só me toca para o fazer sentir.

Um nojo, não de mim por minha dor,
Mas como que da minha dor por mim,
Jaz no fundo soez do meu rancor
Contra a dor sem razão que não tem fim.

E, neste circuito de dor e mágoa,
Não me encontro senão p'ra me odiar,
Como o viandante à noite ouve um som de água
Apenas para dele se afastar.

Fernando P., Poema Incompleto, 1920

AugustoMaio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Mas talvez a referência ao Herbert (a moça não sei quem seja) se atenha ao Helder. Deixo, por isso, a Teoria das Cores (Os passos em volta):Era uma vez um pintor que tinha um aquário com um peixe vermelho. Vivia o peixe tranquilamente acompanhado pela sua cor vermelha até que principiou a tornr-se negro a partir de dentro, um nó preto atrás da cor encarnada. O nó desenvolvia-se alastrando e tomando conta de todo o peixe. por fora do aquário o pintor assistia surpreendido ao aparecimento do novo peixe.
O problema do artista era que, obrigado a interromper o quadro onde estava a chegar o vermelho do peixe, não sabia que fazer da cor preta que ele agora lhe ensinava. Os elementos do problema constituíam-se na observação dos factos e punham-se por esta ordem: peixe, vermelho, pintor - sendo o vermelho o nexo entre o peixe e o quadro através do pintor. O preto formava a insídia do real e abria um abismo na primitiva fidelidade do pintor.