quarta-feira, 9 de janeiro de 2008



e quando as gaivotas trazem no bico

os riscos de sol com que acendem o dia,

sabendo-me dos instantes que junto a ti fico,

Querida: enchem-me o peito d'alegria.

olhamos os dois o azul do mar,

tal como gaivotas que debicam e voam,

conjugando as teclas de dizer amar

ao som das ondas que em nós soam.

um segundo ou dois é eternidade

no simples rasgo do olhar trocado

e esse tempo inteiro não chega a metade

do sabor que dá ter-se por amado.

1 comentário:

Anónimo disse...

canção

Que saia a última estrela
da avareza da noite
e a esperança venha arder
venha arder em nosso peito

E saiam também os rios
da paciência da terra
É no mar que a aventura
tem as margens que merece

Alexandre O'Neill,
Poesias Completas