quarta-feira, 3 de junho de 2009

a contra-luz

deito-me a contra-luz
esperando os gestos do teu regresso
e as horas renovam
as aflições do mundo. é
sempre tarde quando chegas
e invento fantasias que te desculpem. a
meio da noite é já a sombra
quem se passeia na glória da solidão. e
eu derroto-me contra a almofada
onde
há dias
tinha nascido uma lágrima tua.
(21.02.2009)

3 comentários:

eu disse...

Quem será a misteriosa donzela de olhos de amêndoa que derrama as mágoas (ou alegrias) no seu leito!

outro eu disse...

eu cá é que não sou!

p. coimbra disse...

E "eu" a pensar que se ia desvelar o segredo. Bem tentei com o "eu". Retorno à pastelaria.