Seguindo a tua voz
(d’encontro ao vento dos rochedos)
retornei aos espaços imaginados,
entre o bibe e a sacola dos deveres,
e deixei cair, uma e outra,
as vogais pintadas da infância.
Lembrei.
Lembrei todas as gentes
(todos os gestos)
em quem as perdi
(por angústia – confesso
por teimosia – declaro).
E cresci na rudeza das consoantes,
arriscando o silêncio:
com medo
do sabor a ferro
dos timbres metálicos.
(a pensar no poema Dois Rostos
de Armando Silva Carvalho, Sol a Sol)
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
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1 comentário:
sabor a ferro bem quente. daquele que nos surpreende a alma.
beijo. obrigada pela ida ao "nada" ...:)
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