Desço as escadas de casa
alguma coisa acabou para nós neste lugar
nos espaços mínimos que nos separaram
orgulho-me da tua nobreza
conto teus passos de criança sobre a terra
não sei que manhã virá em auxílio
da graça vulnerável de um amor
tão puro que não precisa
sequer de razões
ponho a mão na boca
para suster um grito
No duelo com certas noites
um coração sai sempre perdedor
Tua voz luzia pelo porto
quase a ponto de perder-se
Não avances tão depressa, minha noite
José Tolentino de Mendonça
(nascido na Ilha da Madeira em 1965)
Uma Casa Em Machico
Poesia no Porto Santo, Antologia 2002
sábado, 16 de agosto de 2008
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3 comentários:
Belas fotos, belas poesias.
Caro Augsuto, já tinha saudade de o ver em pleno.
Tenho estado um pouco ocupada, sozinha, com a magnólia, mas sempre o visito mesmo que sem eco.
Bem vindo, é sempre para mim um prazer lê-lo.
Olá
venho agradecer sua visita em meu cantinho... volte quando quiseres
esta meu jardim de portas abertas...
beijos e bom fim de semana
gostei das fotos e do texto...
Abraços
Iana!!!
E a Magnólia, Cara Passiflora, tem estado primorosamente cuidada. Daqui lhe envio os mais que merecidos parabéns.
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