Já aqui se falou, pelo menos em duas ocasiões, de um grande escritor checo, Bohumil Hrabal. Trata-se de um escritor muito amado e respeitado, especialmente no centro da Europa e na zona da antiga cortina. Dessa admiração resultou, naturalmente entre outras escritas e diversas pessoas, O Livro de Hrabal (Hrabal Konyve) do escritor húngaro Péter Esterházy. Surge agora a homenagem de um polaco. Pawel Huelle inspira-se na obra do checo para construir uma generosa homenagem (compensando, dizem, o esquecimento da Academia Sueca) a quem “com farrapos de frases e restos de imagens soube criar inolvidáveis mundos nos quais espreita a elegância de Mozart, a força de Beethoven e a melancolia de Chopin”. Mas Mercedes-Benz, Cartas a Bohumil Hrabal (Sopa de Letras, 2008), sendo isso, é mais. É a Polónia do século XX, com a restauração da independência e as ocupações, alemã e soviética, os judeus, o comunismo e a democracia. A Polónia, castigada por todos os que gostam de bater onde a proximidade dá jeito, merece o profundo respeito que nasce do sofrimento e da dignidade. As histórias de uma família e de um País são aqui, em cento e vinte páginas corridas, a história de um século.
domingo, 1 de junho de 2008
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