Será que desabafar desta maneira, poderá ser difamatório para alguém? É que, segundo Moita Flores e companhia, da SIC, um tipo já não sabe quando está a dar a sua opinião ou, como eles, dizem "a caluniar".
Amigo Viriato ( e demais utentes, claro): Soubera eu direito penal e atrevia a pergunta: quem é o ofendido? Mormente se o "P"aís tiver doidos e não doidos?!
Caro Augusto: quem é o ofendido gostaria eu de saber. Qualquer um dos spin doctors, que faça o favor de se lançar para a frente e vir, como suposto "cidadão sério", dizer que se sente ofendido e atingido na sua honra com esta ou outra expressão? A questão é que, de acordo com a já pretérita reportagem especial da SIC e oportuno texto do Blasfémias, parece que vamos voltar todos, porque bloggers, a poder ser punidos por mero delito de opinião. O que não deixa de (voltar a) ser novidade, depois de trinta e alguns anos de democracia neste nosso canto atlântico.
A questão é que, muitas vezes, a linha entre a opinião e o subjectivismo de quem vê nela qualquer ofensa revela-se como muito ténue.
Quis eu glosar, tendo como mote este artigo, tudo aquilo que vimos de ouvir acerca do facto de os blogs serem umas quaisquer "armas de arremesso" contra uns quantos, que, por acaso, até são conhecidos e que, apenas por acaso também, vão tomando decisões, emitindo opiniões, ou, no mínimo, fazendo já o que nós fazemos: escrever.
Entendo apenas que, de acordo com o que foi veiculado, um dia destes apenas vamos poder escrever sobre o Estado do Tempo, que não da Nação, e mesmo assim, não ver na chuva qualquer sinal analógico da crise...
Muito acertado, CC (Caríssimo Castro). E a pergunta tinha um fundo (quase) retórico: se o país é o destinatário, a ofensa só pode objectivar-se em quem o represente. E,ou todos somos ou, calha lá, falta esse pressuposto.
Sombra dos mortos, maldição dos vivos. Também nós... Também nós... E o sol recua. Apenas o teu rosto continua A sorrir como dantes, Liberdade! Liberdade do homem sobre a terra, Ou debaixo da terra. Liberdade! O não inconformado que se diz A Deus, à tirania, à eternidade.
Sepultos, insepultos, Vivos amortalhados, Passados e presentes cidadãos: Temos nas nossas mãos O terrível poder de recusar! E é essa flor que nunca desespera No jardim da perpétua primavera.
Miguel Torga, in "Orfeu Rebelde", 1958
Porque...temos nas nossas mãos, o poder de recusar!
Direi até, meus Caros, que a Banda Desenhada que, ontem, serviu de tema a mais um excelente "post" do nosso Amigo Paulo, repõe, com grande pertinência a questão: Quem é que vigia os "vigias" de hoje?
Quando a histeria (perturbação mental que se caracteriza por falta de controlo sobre os actos e as emoções, ansiedade, perda de memória, convulsões,exagero do efeito de impressões sensoriais e simulação de doenças...) se traja alegremente de verde e vermelho nasce a obrigação de elogio e o direito de antena. Juntos! Neste dia de banho de multidão (digo, de selecção), ao menos, o surrealismo veio trazer uma pequena surpresa: a Galp, empresa participada pela Pátria que fixa preços como se sabe, quase impossibilitando o andar de carro, pagou fortunas para pôr no ar o anúncio de um autocarro que tem de ser empurrado. Mesmo transportando tantos milionários, é sempre o Povo a empurrar!
12 comentários:
está certo. Mas, ainda assim, eu poria país com letra grande. Só para chatear!
Até pode ser por causa da Suiça. se for pos isso, não tema: são eles. De tanto aperto...
Será que desabafar desta maneira, poderá ser difamatório para alguém? É que, segundo Moita Flores e companhia, da SIC, um tipo já não sabe quando está a dar a sua opinião ou, como eles, dizem "a caluniar".
... E o hoje, foi um bom exemplo disso. Um autêntica palhaçada.
Enfim, é o país que temos.
Não resisto em perguntar:
"Bora" emigrar? ;)
Amigo Viriato ( e demais utentes, claro): Soubera eu direito penal e atrevia a pergunta: quem é o ofendido? Mormente se o "P"aís tiver doidos e não doidos?!
Caro Augusto: quem é o ofendido gostaria eu de saber. Qualquer um dos spin doctors, que faça o favor de se lançar para a frente e vir, como suposto "cidadão sério", dizer que se sente ofendido e atingido na sua honra com esta ou outra expressão? A questão é que, de acordo com a já pretérita reportagem especial da SIC e oportuno texto do Blasfémias, parece que vamos voltar todos, porque bloggers, a poder ser punidos por mero delito de opinião. O que não deixa de (voltar a) ser novidade, depois de trinta e alguns anos de democracia neste nosso canto atlântico.
A questão é que, muitas vezes, a linha entre a opinião e o subjectivismo de quem vê nela qualquer ofensa revela-se como muito ténue.
Quis eu glosar, tendo como mote este artigo, tudo aquilo que vimos de ouvir acerca do facto de os blogs serem umas quaisquer "armas de arremesso" contra uns quantos, que, por acaso, até são conhecidos e que, apenas por acaso também, vão tomando decisões, emitindo opiniões, ou, no mínimo, fazendo já o que nós fazemos: escrever.
Entendo apenas que, de acordo com o que foi veiculado, um dia destes apenas vamos poder escrever sobre o Estado do Tempo, que não da Nação, e mesmo assim, não ver na chuva qualquer sinal analógico da crise...
Muito bem dito, tempestivo e apropriado.
Muito acertado, CC (Caríssimo Castro). E a pergunta tinha um fundo (quase) retórico: se o país é o destinatário, a ofensa só pode objectivar-se em quem o represente. E,ou todos somos ou, calha lá, falta esse pressuposto.
Flor da Liberdade
Sombra dos mortos, maldição dos vivos.
Também nós... Também nós... E o sol recua.
Apenas o teu rosto continua
A sorrir como dantes,
Liberdade!
Liberdade do homem sobre a terra,
Ou debaixo da terra.
Liberdade!
O não inconformado que se diz
A Deus, à tirania, à eternidade.
Sepultos, insepultos,
Vivos amortalhados,
Passados e presentes cidadãos:
Temos nas nossas mãos
O terrível poder de recusar!
E é essa flor que nunca desespera
No jardim da perpétua primavera.
Miguel Torga,
in "Orfeu Rebelde", 1958
Porque...temos nas nossas mãos,
o poder de recusar!
Direi até, meus Caros, que a Banda Desenhada que, ontem, serviu de tema a mais um excelente "post" do nosso Amigo Paulo, repõe, com grande pertinência a questão: Quem é que vigia os "vigias" de hoje?
Quando a histeria (perturbação mental que se caracteriza por falta de controlo sobre os actos e as emoções, ansiedade, perda de memória, convulsões,exagero do efeito de impressões sensoriais e simulação de doenças...) se traja alegremente de verde e vermelho nasce a obrigação de elogio e o direito de antena. Juntos!
Neste dia de banho de multidão (digo, de selecção), ao menos, o surrealismo veio trazer uma pequena surpresa: a Galp, empresa participada pela Pátria que fixa preços como se sabe, quase impossibilitando o andar de carro, pagou fortunas para pôr no ar o anúncio de um autocarro que tem de ser empurrado. Mesmo transportando tantos milionários, é sempre o Povo a empurrar!
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