quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Ensaio
«Na candura dos teus desejos,
Tomei a chuva por minha amante.
Dizias-me que, mesmo de mim distante,
Tu nela estarias...
Em cada pingo,
Em cada beijo.
Mas, procurando agora teu molhado peito,
De ti nada vejo,
Nem sombra, nem ensejo.
Por onde andas?
Por onde repousas?
Sem resposta, nem vestígio,
Apenas resta a memória
Do teu toque; um esquiço.»
Alexandre Villas-Diogo, Ensaio, «Lírica de Inverno»
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Lírica de inverno: grande temática.
Amigo Augusto, ainda vai estando é muito longe da tua mestria.
Enviar um comentário