quem dera que eu juntasse os ossos
numa escultura de pedra
pois não sei chorar na eternidade
sem os arquétipos
(cola da alma ao mundo, como som,
suspiro de sempres)
e depois - estranha mente! -
voar.
p
á
s
s
a
r
o
ferido
na gravidade d'asas
liberto, infindo
no percorrer dum olhar
tão teu
(só eu?)
ou meu
só para sempre, mas agora
e doravante
no apenas que enche o espaço
limite das sobras do mundo.
(20.04.2010)
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1 comentário:
Já não me lembro do teu beijo
mas desejo.
A que sabem os teus lábios?
Todos os outros são falsários.
Como é na paixão o teu olhar?
Doi-me de já não recordar.
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