que meus braços te doam
e recuperar dos sonos antigos
(quando o frio te fingia de sonho
e acordavas debruçada nos passados
que a infância guardou em demasia)
Há agora um sol a visitar-nos nas noites mais escuras
e podemos sorrir tão d'alto
como os trapezistas espreitam o riso dos palhaços
Embalo-te nos acordes da canção recuperada
cheia de cerejas de Junho e de uvas de Setembro
- podemos fechar os olhos e ver o mundo um do outro
sem gestos excessivos
sem que a porta ronque uma dúvida
sem precisar de pecar
quando (des) fazemos as mesmas coisas.
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