"Estava na natureza do signo linguístico não poder permanecer muito tempo no estádio ao qual Babel pôs fim, quando as palavras eram ainda os bens essenciais da cada grupo particular: valores tanto quanto signos; preciosamente conservados, pronunciados com parcimónia, trocados contra outras palavras cujo sentido desvendado vincularia o outro...
Na medida em que as palavras se banalizaram e em que a sua função de signo suplantou o seu carácter de valor, a linguagem contribuiu, com a civilização científica (eu diria mediática), para empobrecer a percepção, a despojá-la das suas implicações afectivas, estéticas e mágicas, e a esquematizar o pensamento."
Claude Lévi-Strauss, Les structures élémentaires de la parenté. Paris, Mouton, 1967. P. 569
Na medida em que as palavras se banalizaram e em que a sua função de signo suplantou o seu carácter de valor, a linguagem contribuiu, com a civilização científica (eu diria mediática), para empobrecer a percepção, a despojá-la das suas implicações afectivas, estéticas e mágicas, e a esquematizar o pensamento."
Claude Lévi-Strauss, Les structures élémentaires de la parenté. Paris, Mouton, 1967. P. 569
3 comentários:
Já afirmava Heidegger que a linguagem é a casa do Ser... As palavras são o nosso mundo.
Muito bem dito...
Obrigado, Paulo.
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