A propósito disto escrevi o seguinte:
Não entendo porque só os grupos de risco, os mais evidentes, vão ter acesso à vacina que, por seu lado, tarda em chegar, quando noutros países estará pronta a usar já agora em Setembro. Em Espanha, por exemplo, oitenta por cento da população terá acesso à vacina. Por isso pergunto à Sra. Dra. Ana Jorge: Porquê a opção deliberada por tão reduzido lote, sabendo até que as farmácias não podem negociar ou reservar lotes - parece que o monopólio é do Estado, no que toca às reservas - que viriam a ser vendidos a cidadãos fora dos grupos de risco? Porquê a opção deliberada pelo discurso do "aguenta-te à bronca que és só mais um número das estatísticas para mostrarmos competência"? Porquê enfim, a escolha pelo entupimento das urgências e pela baixa maciça dos trabalhadores que, a serem vacinados, sempre veriam, no mínimo, os efeitos da vacina minorados? Porquê esta minha sensação que se NEGA AQUI UM DIREITO À SAÚDE - acesso a uma vacina - que até há quem esteja disposto a pagar na totalidade??? Já muitos de nós somos crescidinhos a não precisar de alguém a dizer o que devemos ou não tomar. Apenas esta a minha opinião.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
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2 comentários:
Bem falado, caro Viriato:
1 - Se a vacina servisse para "cortar" a progressão epidémica, devia ser tomada prioritariamente pelas familias com crianças; é esse o risco de alastramento.
2 - O risco de desenvolvimento de consequências graves em adultos saudáveis - segundo a história da pneumónica- tem a ver com uma reacção excessiva do organismo. Parece que quanto mais saudável... pior!
3 - O jornal i trazia hoje uma conclusão "fantástica": analisadas as mortes de vinte e sete pessoas na China, concluiu-se que 12 eram fumadoras. Logo: os fumadores estão menos protegidos. Esqueceram-se de ver a proporção anterior de fumadores nos jovens adultos (elevadíssima na China) que pode dar a conclusão contrária.
Isto tudo para dizer que "vendem como entendem".
Claro que é só a minha ideia.
Amigo José, a vacina, na minha opinião pode proporcionar, além dos benefícios de atenuação dos sintomas, que não completa imunização, um certo factor psico-social importante. Porque toda uma população em pânico, nas urgências, com sintomatologia que possa nem ser realmente de gripeA, só vai facilitar a propagação do vírus. E depois é que vai ser a bela e a bonita, como se costuma dizer. Não entendo mesmo esta opção deliberada pela reserva de um número tão reduzido de vacinas. E nem sei se chega mesmo para os grupos de risco, se decidirem todos tomá-la.
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