Tu que chamas à crosta lisa
abóbada e folhagem das palavras
poderás ser o meu espaço o meu vento acolhedor
a minha torre vegetal?
Cordas um pouco crespas
mas o instrumento redondo
O que posso é o que posso ser
um murmúrio um silêncio uma sombra um filamento
A minha mão não é uma folha nem uma chama
mas o estremecimento da sua semelhança
e por isso o que escrevo é o fruto do vento
que deslumbrado ignoro
António Ramos Rosa, Versões/Inversões
Poesia Colecção Alma Nova, Edição O MIRANTE
sábado, 11 de abril de 2009
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