sábado, 31 de janeiro de 2009

é aos muros derruídos

hhh A tua voz vem dos quintais arrabaldes: estreitos pomares exíguos canteiros poligonados onde as dálias se fanam quando chega o seu tempo. nnn é aos muros derruídos que se encostam os renques de prímulas. nnn o saibro desprende-se com o vento um lençol acena quando doloroso um arrepio percorre esse mundo um cano velho amputado goteja sempre apesar do trapo que lhe entala a boca.hhh adormece-se a gente desta maneira fácil: os ossos doem como se por muito tempo os forçássemos. hhh quem te habitou os dias ganha os poucos dias que restam desvela-se na criação de uma vinha enfezada contorcida que dá um tonel pequeno de vinho azedado.kkk das mansardas debruçadas sobre as traseiras são coisas solitárias que pendem: uma peúga esburacada um lenço uma corda bamboleada de nós muito lassos.
jjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjj
Mário Cláudio, Janeiro
as máscaras de sábado

Sem comentários: