Fazia poesia nos pacotinhos de açúcar, antes de ceder às diabetes. Depois, em jeito de aniquilar o tempo, passou a pintar corações de arco-íris nos – cada dia mais raros – sacos de plástico das médias e grandes superfícies. Quando chegou à centena, abriu uma quermesse num canto vago do Sobral Cid (grande homem…) onde, nas horas sobrantes, ensinava um neurologista a ler os sinais das mãos. Sem grandes êxitos: quando os apoderados passaram unanimemente a calçar luvas, o director clínico deu-lhe ordem de marcha.
domingo, 5 de outubro de 2008
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1 comentário:
Um Tal (senhor) muito ocupado, conforme se vê das suas actividades artísticas mas também comerciais. Talvez não tenha escolhido o local próprio: hoje em dia, até com os efeitos da globalização, a localização do estabelecimento comercialrevela-se de uma importância fundamental!
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